Violência e aumento de criminalidade

on 22 agosto 2008

Nos últimos meses temos assistido a uma escalada de violência e de criminalidade de forma exponencial. Quanto a mim, são dois os factores determinantes:
1º - O mais importante, o agravamento das condições sociais;
2º - A falta de repressão neste tipo de situações, a sensação de impunidade latente. E não é coincidência que a criminalidade violenta tenha aumentado após a entrada em vigor dos novos códiogos (Penal e Processo Penal) que vieram manietar em muito a investigação. E aqui o actual Ministro da Administração Interna tem dupla responsabilidade - enquanto governante e como um dos membros da unidade de missão que levou á reforma penal.

Notas do dia

on 18 agosto 2008

Sócrates começou o dia com mais um discurso demagógico. É que já não há pachorra para este tipo de políticos, nem de política. Faz parangonas com o objectico quase conseguido da criação de 150.000 empregos?!!! É gozo ou pensa que somos todos parvos? Qual era o valor do desemprego quando tomou posso e vai ser no final do mandato? Ah, já sei... a culpa é da crise do petróleo, mas até essa parece querer deixar de ser desculpa.

Entretanto o Presidente da República promulgou a nova Lei de Organização e Funcionamento dos Tribunais Judiciais. Segundo canal noticioso será para ser aplicada já em 2009. Segundo sei, a título experimental, e apenas em 3 NUT (regiões) vai ser testada durante os próximos 2/3 anos. Vamos ver quem tem razão. Uma coisa é certa, parece que as questões de fundo vão ficar na mesma, muito embora esta nova Lei traga alguns, escassos, aspectos positivos. Numa nova lei, esperava-se mais, muito mais...

Angola e a Justiça

on 07 agosto 2008

Na edição n.º 804 da revista Visão, de 31 de Julho de 2008, na rubrica "radar de ensaio", o Prof. Boaventura de Sousa Santos, escreve esta preciosidade acerca de Angola e do regime político vigente:

(...)"Objectivamente, o facto de mediarem 16 anos entre dois actos eleitorais significa que Angola é um país em transição democrática"(...) - o bold é meu.

Depois de ler isto, e sabendo que o Prof. Boaventura de Sousa Santos é o Coordenador Científico do Observatório Permanente da Justiça, tudo ficou mais claro na minha cabeça. Agora percebo um pouco do estado da justiça e das reformas que vão sendo feitas.

Quem consegue ver transição democrática com 2 actos eleitorais em 16 anos, consegue ver tudo!

Vitor Constâncio e a Crise

on 16 julho 2008

Porque é que, quando o Governador do Banco de Portugal fala me lembro sempre o principesco "salário" que aufere e tudo o mais que usufrui?
Já nem falo do homólogo dos EUA, e da absurda discrepância entre responsabilidades e rendimentos.
Dá sempre a sensação que não quer baixa de impostos e aumento de salários porque tem medo que não chegue para manter o seu fausto cargo.
Mas até concordo com ele, em parte: é para o continuar a manter e a mais umas centenas como ele, que a maioria dos portugueses vive e tem que continuar a viver em crise.
Se são assim tão bons administradores, gostaria de os ver a viver com o salário mínimo e com os encargos da maioria de todos nós. Um mesinho só. Acho que depois, ao olharem para o seu umbigo, até tinham vergonha de defender uma não melhoria, mesmo que pouco significativa, da vida da maioria dos portugueses.

Democracia

on 29 junho 2008

Atenção que ninguém dá lições de democracia a este PS, muito menos a este governo e ao seu PM...
Sr. Sócrates, conhece um tipo de bigode, chamado Jaime Silva? sabe o que ele deitou pela boca fora esta semana?
Não sei se chore ou se ria...

Mais uma...

on 18 junho 2008

Esta recebi por e-mail, não sei quem é o autor, mas se for verdade...
"GASÓLEO A 0,80€ PARA OS IATES
O Governo democrático e maioritário do PS tem por hábito quando é confrontado com realidades, apontar os canhões para o PSD, seu parceiro do «Bloco Central de Interesses».
Mas agora, todos ficam a saber: os que têm iates e embarcações de recreio, através do Artº 29 do Cap. II da Portaria 117-A de 8 de Fevereiro de 2008, beneficiam de gasóleo ao preço do que pagam os armadores e os pescadores.
Assim todos os portugueses são iguais perante a Lei, desde que tenham iates…
É da mais elementar justiça que os trabalhadores e as empresas que tenham carro a gasóleo o paguem a 1,42€, e os banqueiros e empresários do'Compromisso Portugal' o paguem a 0,80€, e é justo, porque estes não têm culpa que os trabalhadores não comprem iates!!!
Porreiro pá!"

Justiça - Estatística

Estatística! É ela que norteia a direcçãod a justiça!
Grau de satisfação? para quê? Confiança? Porquê? Como termina um processo? o que ´q ue interessa?
Desde que os números sejam "bons", tá tudo bem, melhor, está tudo óptimo.
Será que interessa ao Ministro da Justiça dizer que foram perdoadas umas quantas execuções e dívidas ao Estado? e qual foi a fórmula que determinou até que montante as dívidas não eram executadas? E porque é que discriminalizou o cheque careca até 150 euros, numa altura em que este crime voltava a ter valores expressivos? Porque é que em vez de discriminalizar não se atacou a génese do problema? porque é que tirou armas à investigação criminal e com isso reduziu as pendências-crime? e podiam-se fazer mais, muitas mais perguntas
Apresentar números com medidas destas é conversa de chacha...

O não ao Tratado de Lisboa

on 14 junho 2008

A Irlanda não aprovou a ratificação do Tratado de Lisboa, razão pela qual o dito tratado deverá fidar sem efeito, pelo menos nos termos actuais.
Mais importante que o não, foi constatar-se que os Irlandeses estão a marimbar-se para a Europa, pelo menos assim o diz a abstenção, assim como os franceses estiveram aquando do referendo do Tratado Europeu, ou como estão os portugueses quando se tratam de eleições para cargos europeus. As abstenções são altíssimas, e esse dado tem que ser interpretado. Das duas uma: ou os europeus estão pouco importados com a União Europeia, ou então estão mal informados sobre a questão comunitária. Quer-me parecer que é um pouco de ambos...
Mas o que me irrita é os governos quererem impôr à maioria dos cidadãos europeus um tratado que eles não desejam, pela via parlamentar. Porquê? Que interesses escondem? O qué que questá por detrás desta ânsia de fazer aprovar este Tratado? Será que algum dos nossos políticos teve a preopcupação de explicar ao povo os prós e contras deste Tratado? em que se baseia? o que vai mudar?
Creio que mais de 90% da população portuguesa não sabe o que se trata o Tratado de Lisboa.
Apenas sabe que foi assinado em Lisboa e que houve um senhor que deixou escapar um "porreiro, pá".

Ainda falta alguém?

on 11 junho 2008

Depois de;
médicos, enfermeiros, professores, alunos, pescadores, armadores, funcionários públicos, trabalhadores do sector privado, camionistas, taxistas, empresas de transportes, etc etc etc.
Imagine-se que até os advogados (profissionais liberais) ameaçaram fazer "greve" às oficiosas...
Haverá ainda algum sector que não tenha levado ao limite (partindo do pressuposto que a greve é o limite...) a contestação ao Governo?
E ainda estranham que o Sr. Sócrates seja vaiado nas comemorações do 10 de Junho? Afinal é o Dia de Portugal, Portugal que anda pelas ruas da amargura muito por culpa desse senhor...
Valha-nos a selecção, que se prepara para nos dar mais uma alegria (espera-se)...

Euro 2008

on 08 junho 2008

Começou a febre o Euro e Portugal entrou com o pé direito.
Haja alguma coisa que anime as hostes lusitanas!!!

FC Porto

on 05 junho 2008

Isto é uma vergonha!!!

Responsabilidade

on 03 junho 2008

O Governo foi "acusado" pelo TC de ter gasto 800 Milhões de euros, de forma ilegal.
E saõ estes que nos pedem responsabilidade, como foi agora o caso com os pescadores?
Vão mas é bugiar, pá!!!

Crise no PS?

on 30 maio 2008

Alegre dialoga com a esquerda!
Soares lança críticas ao Governo.
Quando dois históricos (re)agem assim, as coisas não estão bem

Combustíveis

on 27 maio 2008

É uma regra básica da economia sobre a qual nem vale a pena fazer muitas dissertações: a concorrência provoca baixa de preços... menos em Portugal.
Porquê?

Czardas

on 24 maio 2008

Tocar tuba muito bem e com humor, num registo dificílimo!

Tratado de Lisboa

on 19 maio 2008

A partir de hoje é a valer!
Estou algo apreensivo sobre a forma como estre tratado vai interferir na autonomia nacional, e também como vai ser feita a ditribuição do poder.
Tem a palavra a Irlanda.

E esta Hein?! - Parte 2

on 15 maio 2008

É só para dizer ao Sr. Pirimeiro Ministro que:
- aqela luzinha en forma de cigarro aceso com um X vermelho por cima do lugar onde ia sentado, quer dizer que é proibido fumar;
- As palavras" no smoking" querem dizer: não fume. Mas aqui até compreendo, ele só tirou inglês técnico...
- Por baixo das palavras em inglês está a tradução numa língua esquisita algo deste género: "não fumar" ou "proibido fumar";
- Nos vôos de longo curso (como foi o caso Lisboa-Caracas) - os últimos onde foi abolido o uso de tabaco, já é probido fumar há, pelo menos 5 anos;
Portanto, ou anda desatento, ou sabia que é probido fumar e mesmo assim quis fazê-lo, quiçá aproveitando-se do cargo que ocupa. Se anda desatneto, é inadmissível porqu é Primeiro Ministro, se se quis aproveitar da posição, inadmissível é...
Da minha parte, não está desculpado!
É verdade que usam tudo para o atacar politicamente? Sim
Também é verdade que V.ª Ex.ª usa tudo o que a política lhe permite para atacar, quase (exceptuam-se os políticos e mais meia dúzia de amigos) indiscriminadamente, os portugueses.
Já diz o povo na sua infinita sabedoria:
Cá se fazem... cá se pagam.
Ou então:
quem com ferros mata... com ferros morre!

E estra hein?!

on 14 maio 2008

Agora o Primeiro Ministro não tem noção das leis que aprova. E logo uma das que deu mais polémica. Será que ele sabe que é o Primeiro Ministro de Portugal? E todas as (muitas) asneiras que faz são inconscientes? Será ele próprio um inconsciente?
É caso para parafrasear Jô Soares: "que mais me irá acontecer..."

Vergonha!!!

on 10 maio 2008

Já não bastava tudo o que nos sucede no dia-a-dia, tínhamos agora que ser envergonhados com o futebol.
O mundo inteiro ficou a saber que há corrupção desportiva ao mais alto nível em Portugal. A notícia pode ser encontrada em vários órgãos de comunicação social, um pouco por todo o mundo.
As penas aplicadas são, regra geral, pesadas, sendo que a única excepção é o FC Porto a quem são retirados 6 míseros pontos, e como se isso não bastasse, com efeitos a serem produzidos esta época desportiva. Ou seja, nem vão sentir.
Se já era vergonhoso haver corruptos, não menos vergonhoso é o regulamento disciplinar.
Portugal no seu melhor...

A sucessão a Menezes

on 09 maio 2008

Vou falar, muito sucintamente, da sucessão na liderança do PSD, e apenas me vou referir aos candidatos com mais probabilidades de vencer: Manuela Ferreira Leite, Passos Coelho e Santana Lopes.
Antes de mais, os militantes do PSD (nos quais não me incluo) deverão ter presente que, sendo supostamente a ideologia a mesma e divergindo apenas em questões de pormenor (e sabemos que não é assim), o partido deverá eleger aquele que perfile melhor para o combate com Sócrates (ou com o PS) nas legislativas de 2009. Este factor é importantíssimo.
No que diz respeito a Ferreira Leite, como diz o Camilo, é o Sócrates de saias, ou seja, partilha dos mesmos ideais e concorda com a generalidade das políticas governamentais, defendendo até, em alguns casos uma maior austeridade. Logo a alternativa, no caso desta escolha, não existiria.
Pedro Santana Lopes já lá esteve e não augura nada de muito bom, embora lhe tenham feito a caminha bem feita. É um "político romântico" mas a conjuntura não dá para grandes romantismos.
Sobra Passos Coelho. A sua grande experiência política foi a liderança da JSD. É o que tem menos chances de vencer, mas parece-me o mais equilibrado. Se eu fosse militante do PSD votaria nele.

Moção de Censura

Numa revelação inédita, o Primeiro Ministro deu a entender que há motivos para uma censura ao Governo, mas não pelos motivos invocados pelo PCP.
Será que se os motivos fossem os "certos" o PM censurava-se?
Este Sr. Pinto de Sousa tem cada uma...

Chega!!!

on 04 maio 2008

Já enjoa toda a história sobre os McCann.
A SIC então, tem levado ao extremo.
É uma pena o desaprecimento da menina. Mas, passado um ano ainda fazer especiais???
É altura de dizer basta! às crianças portuguesas despaarecidas não foi feito metade, quer pelas autoridades, quer perla comunicação social.
O único Inspector da PJ que teve a coragem de chamar "os bois pelos nomes" foi afastado. Por dizer a verdade...
Irrita-me esta subserviência aos ingleses. Se fosse ao contrário, falava-se no dia, e mais nada. Aqui é abertura de telejornais um ano depois.
É altura de olhar pelos nossos!

Dia do Trabalhador

on 01 maio 2008

Era bom que hoje as ruas de Lisboa se enchessem como há 34 anos atrás.
Em 1974 foi um 1º de Maio de esperança, hoje é um 1º de Maio de desespero.

25 de Abril

on 25 abril 2008

No aniversário da revolução dos cravos questino-me se o esforço daqueles que lutaram pela liberdade valeu mesmo a pena. Continuo a acreditar que sim, mas pelo rumo que as coisas levam...
É preciso gritar para que se oiça em todo o país e em certos e determinados locais, e nunca deixar esquecer o slogan: Democracia sempre, fascismo nunca mais

PSD...

on 18 abril 2008

O PSD claudicou, e logo numa altura em que o país precisava de uma oposição fote e credível.
Mendes, não era solução, Menzes também não (pese embora as bases do partido se tenham pronunciado com elevada clareza) e Aguiar Branco também não será certamente. Seria preciso um "tubarão" para fazer frente ao PS de Sócrates!

A Inflacção...

on 16 abril 2008

...está 1% acima das previsões do Governo. Não são décimas, centésimas ou milésimas... É mesmo 1%. Se quem faz as contas estivesse sujeito ao SIADAP...
Mas o mais importante é saber o que vai fazer o Governo. Para já só a oposição palra.
Nem o sempre presente e muito bem pago Governador do Banco de Portugal se pronunciou... e por mais curioso que pareça, nem o Vital Moreira. Parafraseando o spot publicitário: "porque será?"

Menezes...

on 13 abril 2008

Depois de ter anunciado o fim da publicidade na RTP, Meneses anuncia agora que, se vier a ser Governo, baixa os impostos para taxas similares às espanholas. E isto tudo numa legislatura. Será que também vai prometer subir o salário mínimo para 800 euros? Zapatero é a sua musa inspiradora...
No entanto, se nos recordarmos de Durão Barroso e Sócrates, o primeiro prometeu baixar impostos e o segundo prometeu não os subir. Foi o que se viu (e sentiu...). Se a tendência for a mesma estamos bem arranjados.
Numa altura em que o principal partido da oposição "desce" a um ritmo igual ou ainda maior que o Governo, não sei onde isto vai parar.

Hablando espanholês...

on 11 abril 2008

- Hola, José Luiz, como estas?
-Hola hombre porreiro, pá.
- Estou biem gracias. Mira, estoy a telefonar-te para decir-te una coisa: me colocaste mui mal perante meu pueblo. Entences vai aumentar o salário mínimo? e para quase el doble que en Portugal? Mira, como es possible? es la pergunta que todos me hacen aqui. Ayuda-me. Como puede ser? ja não bastaba la gasolina más barata, el custe de vida mejor. los portugueses hacerem mui quilometros para abastecer e trabajar, e ahora esto? quieres destruirme, hombre? Me dicerón que vais baijar los impuestos? es verdad. Hombre, que me diá un atiaque cardiacó. Aqui tudo lo que é para dar receita a lo gobierno sube, como baja aí? Non somos ambos socialistas? Como tienes diñero después para comprar aviones nuevos para las visitas de estiado? e nuevos carros tuepo de guiama cada 3 años? Como lo consegues hombre?

Justiça

on 07 abril 2008

O Governo quer acabar com os divórcios litigiosos. Ainda bem. Estes processos eram aberrações completas, e nunca percebi o que é que se discutia. Se um dos elementos não está bem e se quer divorciar, cabe na cabeça de alguém forçá-lo juridicamente a não o fazer? Não me lembro de nenhuma acção em que o divórcio não tenha sido decretado. Seria para determinar a culpa? e isso que interessa?
Por outro lado, não posso deixar de repudiar a intenção de se tributarem as adopções. É verdade que quem tem condições para adoptar uma criança também deve ter condições para pagar custas. Por outro lado parece-me de uma injustiça e um absurdo enormes o Estado "oferecer" o aborto e tributar a adopção. Infelizmente que vai perder são as crianças, os menos culpados.

Critica ao Governo PS ou ironia?

on 02 abril 2008

Incrível: Vital Moreira teceu críticas à governação. Será a sério, ironia, ou tem a ver com o dia das petas?
Para ler aqui

Apito final

E não é que o Apito Dourado, agora chamado Apito Final, é uma montanha que vai parir um rato.
Jorge Nuno Pinto da Costa avisou: "Não vás por aí..."
Mas se a impunidade reina na maioria dos sectores da sociedade, porque é que havia de ser diferente no futebol?

Caros...

... eis-me de volta depois de umas retemperadoras, engripadas e curtas férias de Páscoa.
  • Sócrates anunciou a descida do IVA em 1%. Aindam faltam 3 para voltarmos aos números de 2001.
  • Menezes continua um demagogo e a dar uma no cravo e outra na ferradura. A alternativa ao PS está muito distante de ser uma realidade.
  • Afinal parece que o estatuto do aluno contém muitas imperfeições. Bem haja ao rapazinho cameramen que inusitadamente levou para a praça pública uma questão fundamental da nossa educação: O desrespeito pelo corpo docente. Já que as palavras dos professores não fizeram fé, ao menos um telemóvel dentro de uma sala de aula teva a sua utilidade.
  • Os diabéticos vão perder a compaicipação nas tiras que servem para medir os níveis de glicémia. Uma mosquinha disse-me que é uma medida governamental para poupar dinheiro e poder pagar os abortos às meninas e senhoras que têm uma escapadela e têm o "azar" de engravidar. Os doentes, esses que paguem...
  • Estou de acordo com o nosso Presidente da República. Não vou conseguir escrever algumas palavras da forma que o novo acordo ortográfico prevê. Vai-me fazer muita confusão...

Curtas

on 19 março 2008

1 - Alguém sabe para que é que serviu a interpelação à Ministra da Educação? Alguém ficou esclarecido?
2 - Registo, com repúdio, a analogia ou comparação feita entre Sócrates e Hitler na reunião de militares aposentados, ontem. O Sr. Sócrates tem tiques de déspota, mas é muito infeliz a comparação com um dos maiores assassinos da história moderna, mandante de horrores. Além de despropositados esta forma de "protestos" joga a favor do primeiro ministro, que, como ninguém consegue reverter a seu favor a situação através da vitimização.
3 - Os bancos estão preocupados. As margens de lucro estão espremidas. O Banco de Portugal concorda, ora se não. Por curiosidade, sabem-me dizer qual foi a percentagem de aumento dos lucros, por exemplo, no BES em 2007? Há lata para tudo...
4 - Fica prometida uma análise mais aprofundada à nova organização judiciária.
Boa Páscoa...

ooopppsssss...

on 16 março 2008

E não é que abortar é mais saudável que fazer piercings ou tatuagens. Este é só um exemplo, mas poderia falar da despenalização do tráfico de droga para consumo, das salas de chuto...

A entrevista do Sr. Sócrates

on 13 março 2008

Hoje decidi dar mais algum do meu tempo ao Sr. Sócrates, pois achei que me iria divertir. E não dei o tempo por mal empregue.
Pura manobra de campanha de quem quer conquistar os portugueses pelo coração depois de lhes ter assaltado a carteira.
O lobo vestiu-se de cordeiro e veio à aldeia.
Quando o ouvi a dizer que a sua maior virtude era a generosidade, logo me lembrei dos pensionistas, das pessoas do interior, dos que vivem abaixo do limiar da pobreza, etc etc etc. Dei uma gargalhada tal que ainda me dói a barriga.
Outra tirada de interesse foi quando se referiu à poesia de Cesário Verde, onde o poeta sentia uma enorme necessidade sofrer quando contemplava o nevoeiro na baixa de Lisboa. Sócrates sente o mesmo, e faz os portugueses senti-lo também, não só quando há nevoeiro sobre o Tejo...
Cheguei a pensar que estava a ver os malucos do riso. Não, esses vieram depois...

Onde isto já chegou

on 09 março 2008

E quando eu pensava já ter visto tudo, eis que surge mais esta.
A maior indemnização que o Dr. pPdroso poderia ter tido, foi a recepção apoteótica, despropositada e de péssimo gosto, na Assembleia da República.

Protesto dos professores

Sobre este tema o seguinte comentário ilustra bem o estado deste País. palavras para quê???
"A ministra da Educação diz “não ser relevante” a participação de 100 mil professores na Marcha da Indignação, este sábado em Lisboa" inPúblico on-line

Jactos Executivos

on 07 março 2008

A autoria do texto seguinte é atribuída ao jornalista Mário Crespo.
Desconheço se é ele o seu autor ou não, mas concordo com cada letra da crítica que ali é deixada:
"Pronto! Finalmente descobrimos aquilo de que Portugal realmente precisa: uma nova frota de jactos executivos para transporte de governantes. Afinal, o que é preciso não são os 150 mil empregos que José Sócrates anda a tentar esgravatar nos desertos em que Portugal se vai transformando. Tão-pouco precisamos de leis claras que impeçam que propriedade pública transite directamente para o sector privado sem passar pela Partida no soturno jogo do Monopólio de pedintes e espoliadores em que Portugal se tornou. Não precisamos de nada disso. Precisamos, diz-nos o Presidente da República, de trocar de jactos porque aviões executivos "assim" como aqueles que temos já não há "nem na Europa nem em África". Cavaco Silva percebe, e obviamente gosta, de aviões executivos. Foi ele, quando chefiava o seu segundo governo, quem comprou com fundos comunitários a actual frota de Falcon em que os nossos governantes se deslocam.
Voei uma vez num jacto executivo. Em 1984 andei num avião presidencial em Moçambique. Samora Machel, em cuja capital se morria à fome, tinha, também, uma paixão por jactos privados que acabaria por lhe ser fatal. Quando morreu a bordo de um deles tinha três na sua frota. Um quadrimotor Ilyushin 62 de longo curso, versão presidencial, o malogrado Antonov-6, e um lindíssimo bimotor a jacto British Aerospace 800B, novinho em folha. Tive a sorte de ter sido nesse que voei com o então Ministro dos Estrangeiros Jaime Gama numa viagem entre Maputo e Cabora Bassa. Era uma aeronave fantástica. Um terço da cabina era uma magnífica casa de banho. O resto era de um requinte de decoração notável. Por exemplo, havia um pequeno armário onde se metia um assistente de bordo magro, muito esguio que, num prodígio de contorcionismo, fez surgir durante o voo minúsculos banquetes de tapas variadíssimas, com sandes de beluga e rolinhos de salmão fumado que deglutimos entre golinhos de Clicquot Ponsardin. Depois de nos mimar, como por magia, desaparecia no seu armário. Na altura fiz uma reportagem em que descrevi aquele luxo como "obsceno". Fiz nesse trabalho a comparação com Portugal, que estava numa craveira de desenvolvimento totalmente diferente da de Moçambique, e não tinha jactos executivos do Estado para servir governantes. Nesta fase metade dos rendimentos dos portugueses está a ser retida por impostos. Encerram-se maternidades, escolas e serviços de urgência. O Presidente da República inaugura unidades de saúde privadas de luxo e aproveita para reiterar um insuspeitado direito de todos os portugueses a um sistema público de saúde. Numa altura destas, comprar jactos executivos é tão obsceno como o foi nos dias de Samora Machel. Este irrealismo brutalizado com que os nossos governantes eleitos afrontam a carência em que vivemos ultraja quem no seu quotidiano comuta num transporte público apinhado, pela Segunda Circular ou Camarate, para lhe ver passar por cima um jacto executivo com governantes cujo dia a dia decorre a quilómetros das suas dificuldades, entre tapas de caviar e rolinhos de salmão. Claro que há alternativas que vão desde fretar aviões das companhias nacionais até, pura e simplesmente, cingirem-se aos voos regulares. Há governantes de países em muito melhores condições que o fazem por uma questão de pudor que a classe que dirige Portugal parece não ter.
Vi o majestático François Miterrand ir sempre a Washington na Air France. Não é uma questão de soberania ter o melhor jacto executivo do Mundo. É só falta de bom senso. E não venham com a história que é mesquinhez falar disto. É de um pato-bravismo intolerável exigir ao país mais sacrifícios para que os nossos governantes andem de jacto executivo. Nós granjearíamos muito mais respeito internacional chegando a cimeiras em voos de carreira do que a bordo de um qualquer prodígio tecnológico caríssimo para o qual todo o Mundo sabe que não temos dinheiro. "

Insegurança

on 06 março 2008

Os crimes violentos são cada vez mais abertura de notíciário.
O sentimento de insegurança é latente.
A inoperância das forças policiais é por demais visível.
Nada como arranjar uma estatística para contrariar estes factos. Afinal ninguém é baleado à porta de casa, da discoteca, etc, etc, porque as estatísticas até dizem que os homicídios baixaram. Ridículo! Simplesmente, Ridículo!
E não são as medidas agora anunciadas, de forma reactiva, pelo Governo que vão solucuinar ou minimizar os problemas.
A falta de efectivos nas forças policiais é uma realidade, a falta de meios e formação, são outras. Mas já se deram ao trabalho de visitar as esquadras da PSP e postos da GNR? há muitos sítios que a Inspecção de Trabalho certamente mandaria encerrar de imediato, sem quaisquer condições. Mas esta também não é a causa dos problemas.
Problemas sociais e económicos meus senhores, essas são as causas principais, e infelizmente contra esses não há medidas eficazes, e não vão ser 2 000 ou 4 000 polícias, ou equipamento que os vão resolver...

Injunções

O Ministro da Justiça, de olho semicerrado e voz arrastada, anunciou com circunstância o fim de milhares de papeis desnecessários nos Tribunais, em razão da nova funcionalidade no que toca às Injunções, agora mais simplificadas. A medida é boa, não se pode dizer que não. Tudo o que seja avanço tecnógico e deminuição de procedimentos e custos é extremamente positivo.
Só que se voltou a colocar a carroça à frente dos bois: então e os servidores, vão aguentar?
Já não se fala no mais que provável reverso: mais injunções vão significar necessáriamente mais execuções.
A não ser que voltem a perdoar as execuções até determinado valor. Daria sempre jeito às estatísticas.

TAP e o serviço público nas regiões autónomas

on 29 fevereiro 2008

O Governo Regional dos Açores, finalmente decidiu oferecer aos residentes na Região Autónoma, um serviço público de transporte aéreo mais condizente com as necessidades e anseios.
Em resultado de anos de reclamações, e não enjeitando talvez o facto de se estar em ano de eleições na Região, o Governo de Carlos César, decidiu impor um vôo semanal para o Porto a partir da Terceira, se bem que apenas entre 1 de Junho e 30 de Setembro, e também que a ligação semanal à Ilha do Pico a partir de Lisboa seja ao fim de semana, e que essa ligação não tenha escala na Terceira como vinha acontecendo por alegados problemas logísticos, designadamente o reabastecimento, que até esta altura não era possivel no Pico. Decidiu impôr ainda, em 10% dos lugares, reduções de preços a variar entre 30 e 50%, se bem que não esteja muito bem definido, ou pelo menos explicado à opinião pública, a forma como isto se vai processar.
É bem verdade que não são as medidas ideais, e até certo ponto podem ser entendidas como escassas, mas já é um princípio. A liberalização das rotas seria o ideal, mas parece não ser possível, para já.
A TAP, oficialmente, apenas se pronunciou no sentido de não saber quais as exigências do Governo Regional.
No entanto, a imprensa local dá conta do descontentamento da transportadora, pelo facto de... pasme-se... não ter sido consultada!!! Então não é que uma empresa concorrente deveria dar palpites sobre o serviço que o Governo deve exigir ? Mas onde é que estamos?
A rota das Ilhas foi sempre uma "mina" para a TAP. Se haviam rotas que davam lucro eram as das Ilhas. O preço dos bilhetes para residentes é altíssimo. Basta comparar quanto paga um espanhol para ir de Canárias a Madrid, cuja distância é sensilvelmente a mesma. Pois, o espanhol paga menos de metade. A TAP brinda os passageiros com atrasos sucessivos, veja-se o ranking de companhias a prestar maus serviços. Acabaram com as refeições a bordo, e subiram o preço das tarifas. Servem uma espécie de "sandes" cujo pão é muitas vezes aquecido para disfarçar que não é o mais fresco. A TAP festejou os 50 anos, e ofereceu bilhetes a preços vantajosos a quem partisse do continente, e esqueceu-se das Ilhas. É inadmissível ser mais caro viajar para os Açores que para a Alemanha. Se é para ter um serviço "low-coast" então que se paguem tarifas mais condizentes.
Se a TAP quiser abandonar a rota, que eu não acredito pois irá continuar a dar lucro bastante, força, que vá. Para prestar o serviço que presta ao preço que o faz, não faz falta nenhuma.
Claro que, quer tripulações ou pessoal de terra nada têm a ver com este sentimento, são pessoas que não têm qualquer culpa das políticas da companhia.
O Governo Regional da Madeira está a dar passos largos no sentido de liberalizar a rota para quele arquipélago, coisa que o Sr. Carlos César também devia fazer. Com isto os cidadãos saiam beneficiados.

sem comentários...

on 27 fevereiro 2008

"Casos do dia
Polícia mal comportada
Agentes fardados infringem a lei e envergonham publicamente a classe.
Data: 26-02-2008
Dois agentes da Polícia de Segurança Pública fardados, aparentemente alcoolizados, permitiram no domingo por volta das 22 horas em Santa Rita, que um indivíduo a quem chamaram Camacho conduzisse embriagado um carro desportivo de alta cilindrada, levantando a revolta junto das várias testemunhas presentes.Os polícias, que o acompanhavam no mesmo carro no sentido Câmara de Lobos - Funchal, pararam junto ao mini-mercado para que Camacho e um dos agentes urinassem na via pública. O que começou com umas gargalhadas, atingiu a incredulidade quando o polícia em causa ajudou o homem vestido à civil a abrir a braguilha para aliviar as necessidades. Daí à troca acesa de palavras por parte das pessoas, que revoltadas assistiam à passividade e mau comportamento dos agentes da autoridade, foi um passo. O falar arrastado e o permanecer no meio da estrada em frente aos carros e ao autocarro da Horários do Funchal não deixavam dúvidas sobre o estado do homem à civil, desviado do trânsito pelo mesmo agente solícito. O respeito com que o tratavam deixou antever uma relação de superioridade em relação aos homens fardados. Após minutos de discussão, o episódio foi encurtado quando um dos moradores ameaçou chamar a polícia, outra que agisse conforme a lei. O agente imediatamente chamou Camacho (daí a identificação) para que se metesse no carro. O segundo guarda, que durante todo o tempo assistiu a tudo de fora do carro, a um canto, também entrou e seguiram viagem, em direcção ao acesso à via rápida. Confrontado o Comando Regional de Segurança Pública, o subintendente Gualter Gomes disse desconhecer o caso e lamentá-lo profundamente. O porta-voz garantiu averiguar e, a ser provado, abrir um processo que dará, adiantou, lugar a sanção disciplinar.
Paula Henriques "
In www.dnoticias.pt - Diário de Notícias da Madeira, edição online de 26.02.2008

A semana...

on 25 fevereiro 2008

Cheias:
Voltamos a assistir a tristes episódios provocados pelas cheias. Mas é verdade que em Portugal basta chover um pouco mais para ser trágico. Nesta altura, mais que procurar culpas e culpados (vide troca de "mimos" entre os ministros e entre estes e os autarcas) é preciso ajudar os desalojados e prevenir para que no futuro se minimizem os estragos destas situações.
PSD:
A "união" entre Santana e Menezes já teve melhores dias. Se o presidente do partido e lider parlamentar do maior partido da oposição não se entendem como vai poder pedir a união para derrotar o Sr. Sócrates em 2009?
Golden-Share:
A Comissão Europeia vai meter o Estado Português em Tribunal, por entender que a golden-share da PT limita o acesso de concorrência. Isto em traços muito gerais. Com o novo tratado isto seria possível, ou a simples declaração de oposição por parte da CE seria o bastante para o Estado Português recuar?
Que se preparem os europeus, porque em matéria de tribunais este governo é uma autêntica máquina. Depois de municípios, gupos de cidadão, sindicatos, e muitos particulares, até os europeus e o "porreiro" do José Manuel Barroso, decidiram aderir à moda de meter o Estado Português em Tribunal. Porreiro, pá...

O relatório da Sedes...

on 22 fevereiro 2008

... e do Banco de Portugal, por incrível que pareça deram-me uma felicidade: afinal eu vivo em Portugal. Perdão, duas felicidades: José Sócrates não é o primeiro ministro de Portugal. Vitalino Canas também não é membro do PS português. Ufa! Nunca pensei que um relatório tão negativo me fizesse tão feliz. É que já desde a entrevista daquele senhor à SIC/SIC Notícias, me andava a fazer confusão, já não sabia se era português ou era ele que pintava uma realidade completamete deturpada.
Voltando à Sedes, o relatório vem trazer aos círculos mais elevados o que é a vox populi. Ninguém acredita na nossa sociedade. A economia está recessiva e receosa, os políticos só sabem prometer, mas não cumprem e são eles os principais culpados da falta de crença.
Quando vemos um político a prometer baixar impostos e quando chega ao poder a primeira coisa que faz é subi-los, pensamos o quê? Quando vemos um político a prometer que as SCUT vão continuar a sê-lo, para a seguir anunciar a introdução de portagens em grande parte delas, pensamos o quê? Quando vemos um político a prometer a criação de emprego e a taxa de desemprego aumenta de dia para dia, pensamos o quê? Quando olhamos para o governo e vemos ministros sobre os quais impendem processos no Tribunal por alegados pagamentos ilegais a privados, pensamos o quê? Quando vemos ministros serem nomeados, depois de terem sido envolvidos em tentativas de influencia a magistrados em territórios outrora lusos, pensamos o quê? Quando vemos pessoas indigitadas para trabalhar na reforma do processo penal virem posteriormente a ser visadas em processos-crime, pensamos o quê? Quando vemos presidentes de câmara arguidos nos mais diversos tipos de crimes, e a servirem-se do erário público para custear a defesa, pensamos o quê? Quando vimos um ex-preso preventivo, indiciado por um dos mais hediondos crimes contra menores, a ser recebido e aclamado na Assembleia da República (casa de todos os portugueses) com vivas e palmas, pensamos o quê? Quando vemos no próprio seio do partido do poder grandes ondas de contestação...
Enfim, acho que se perdeu completamente a vergonha, que em Portugal vale tudo, é o salve-se quem puder e da maneira que puder.
Embora compreendendo o sentido dado à palavra trabalhar, penso que o recado do Sr. Presidente da República (também ele outrora na Assembleia da República) deveria ser dirigido aos políticos, não só os que estão no poder, mas a todos, porque hoje são estes a fazer asneias, mas amanhã serão outros, certa e infelizmente.
É altura de se consciencializarem que não podem ser sempre os memos a pagar as facturas dos erros dos políticos. A mera responsabilização política não chega...

Alberto Costa

on 21 fevereiro 2008

Não sei muito bem porquê, mas o discurso do ministro da justiça não me convence. E parece que não convence muita gente ligada à justiça. à excepção do seu séquito, não vejo muito mais gente, mas enfim, eles é que têm a passada certa...
Ainda ontem, ao ouvi-lo falar e a tecer comentários à actuação do PSD no que concerne ao ex-pacto para a justiça, não me consegui esquecer do Dr. José António Barreiros e do motivo pelo qual Alberto Costa veio de Macau mais cedo que o esperado.

Vitorino Nemésio

on 20 fevereiro 2008

Assinala-se hoje o 30º aniversário da morte de Vitorino Nemésio, um dos mais importantes escritores portugueses do séc. XX.
Natural da cidade de Vila Praia da Vitória - Ilha Terceira -, Nemésio criou a "Açorianiedade", definiçaõp usada mais tarde pelos autonomistas para definir o que é ser e viver nos Açores, região que foi a fonte da sua inspiração.
Destaco o livro "Mau Tempo no Canal".

A entrevista do Sr. Sócrates

on 19 fevereiro 2008

Hoje decidir oferecer 50 minutos do meu precioso tempo ao Sr. José Sócrates. Normalmente mudo de canal quando ele começa a falar, mas hoje, bem disposto, decidi ouvi-lo atentamente.
Estranha foi a conclusão a que cheguei: ou ele é primeiro ministro de outro país qualquer, ou então eu não vivo em Portugal e ninguém me disse nada...

Kosovo

on 18 fevereiro 2008

Acabou por ser com uma certa normalidade que foi declarada, unilateralmente, a independência do Kosovo.
Com todos os riscos inerentes a uma declaração deste género, acabaram, felizmente, por não se concretizarem as previsões mais pessimistas.
Houveram algumas manifestações anti-independência, mas nada de anormal e que não fosse expectável.
Contudo, convém não esquecer que os Balcãs são hostoricamente uma zona de instabilidade e conflito. A Sérvia não vai aceitar isto de ânimo leve. Os problemas estão a começar verdadeiramente.
E como é que um "país" no estado caótico em que o Kosovo se encontra se poderá manter?
E será que o surgimento deste novo país veio trazer ideias ao Dr. Alberto João Jardim? Ele já disse que não, mas...

Automobilismo de luto

on 16 fevereiro 2008

Faleceu o Jaime Moura!
Para muitos o nome pode dizer pouco, dado que não era homem de se colocar em bico de pés para ser reconhecido.
Lousadense, a ele se devem os europeus de Rallycross e Autocross, através do Clube Automóvel de Lousada, que ajudou a fundar.
Homem empenhado e de grande dinamismo - quer no amor à terra, quer ao automobilismo -, liderou durante muitos anos a organização de eventos sempre catalogada de exemplar.
A nível pessoal era um empresário de grande sucesso.
Fica a sugestão: porque não mudar o nome do Eurocircuito da Costilha, para Eurocircuito Jaime Moura? seria uma justa homenagem.

Providências Cautelares

on 13 fevereiro 2008

O Governo parece que está disposto a legislar no sentido de modificar a "tramitação" dos procedimentos cutelares nos Tribunais Administrativos, local onde os cidadãos recorrerem para evitar que decisões governamentais e à margem da lei sejam levadas a efeito.
Há quem diga que o princípio dos procedimentos cautelares está a ser subvertido. Mas qual é o fundamento? É porque sim? já foi efectuado algum rácio entre o numero de entradas, dessas quantas são decididas a favor do requerente, e depois confirmadas por sentença na acção principal? Será um número assim tão baixo que justifique a alteração legislativa, ou é só para se poder "governar" à vontade? Noutros tempos isto tinha um nome...
Já só falta, quando virem que vão perder as eleições, aprovarem um decreto para prolongar o mandato deste governo por mais "n" anos.

No país dos Lambe-Botas

on 11 fevereiro 2008

Era um país muito pequeno, de forma mais ou menos rectangular, no canto de um velho continente.
País que outrora foi o maior. O seu território dispersava-se por todo o mundo. Mas ficara reduzido ao pequeno rectangulo e pouco mais. Ganância de uns, inoperância de outros, vontade de muitos.
Nesse país, começou a despontar uma classe social. A dos lambe-botas ou bajuladores. Sempre existiram, mas a partir de certa altura começaram a reproduzir-se como coelhos (coitados dos bichos), e na data da visita do narrador eram "mais do que as mães".
Mas afinal o que isso de lambe-botas? Antes de tudo convém dizer que, em contraposição (ou mais concretamente no topo da cadeia hierárquica), se encontram os botas lambidas, mas desses trataremos adiante. Os lambe-botas, ou bajuladores, são pessoas que trocaram a sua dignidade a troco de favores ou de uma carreira. Honra é coisa que se lhes não conhece. Escrúpulos também não. São capazes de tudo para atingir os seus objectivos, e quando digo de tudo, é tudo mesmo. Basta saber que o bota lambida pretende algo que, jogando em antecipação se apressa a satisfazer. Não ousa contradizer ou desagradar a pesssoa a quem bajula. Às vezes sente-se pena deles, de tanto lamberem ficam com a línguia toda gretada. Coitados... E quando têm que bajular mais de um, com interesses antagónicos? é vê-los feitos baratas tontas... Há também aqueles que lambem e continuam a lamber, mas como vêm o caminho apertado mudam de lambido. É hora de saltar do lado direito para o esquerdo, e vice-versa...
A esta hora pensará o leitor: mas porque raio é que estes seres não são pura e simplesmente banidos da sociedade, de tão rascas que são? É de fácil resposta: porque estão em maioria. E para se viver nesse pais com tranquilidade tem que se ser lambe-botas. Eles proliferam por todo o lado: em cargos de chefia, em lugares de destaque na vida social, política, sei lá, tudo o mais que possam imaginar. Eles são tantos em tantos sítios que, salvo honrosas excepções (que confirmam a regra) não há lugar de destaque que não esteja ocupado. E é aí que se dá a metamorfose: passam de lambe-botas, a bota-lambida, de bajulador a bajulado, inciando-se novo ciclo, que levará novos lambe-botas à mais alta cadeira hierárquica, renovando-se assim a classe.
Há estabelecimentos de ensino que promovem cursos de lambe-botismo. Há até um MBA em bajulação. Os workshops de como bem lamber as botas do senhor proliferam, com muitas demonstrações práticas. Aliás, é aqui que muitas vezes se dão a conhecer.
Nesse país, a frontalidade é confundida com falta de educação, com populismo, com arruaceirismo. Seriedade e honestidade são falsas modéstias.
São promulgadas leis para encobiri as subidas dos lambe-botas e conferir maior seriedade à coisa. E se por acaso há um bom lambedor e não há lugar para ele de imediato, lá se arranja qualquer coisa.
Nesse país, há muito poucos lugares para os outros, aqueles que tentam construir uma carreira sem atropelos, sem manobras obscuras, de forma séria e transparente.
E não é que, de repente, acordei e ao relembrar o sonho pensei: "eles andam aí..."

Musica Portuguesa

on 08 fevereiro 2008

Um viva à música portuguesa e àqueles que tanto lutam para que a qualidade não se perca.
É tão fácil hoje em dia fazer um disco de música, que chega a ser até assustador. Basta ter meio palmo de cara, e dinheiro suficiente, ou patrocínios, e já está: sucesso, fama, rios de dinheiro, e tudo isto, tantas vezes, sem sequer saber cantar...
É triste... é muito triste. Ainda há dias ouvia na tv uma das ex-"Anti-Look" a confessar que uma delas não sabia cantar. Parece que é disto que o povo gosta.
Não estou contra qualquer género musical - tenho as minhas preferências, como é lógico - nem contra aqueles ditos "pimba" que constroem carreiras de sucesso. Refiro-me sim àquelas bandas e cantores surgidos do nada, tipo "morangos com açúcar" que desaparecem quase da mesma forma como aparecem. A maior parte deles, sem uma produção boa nem sabe afinar.
Por outro lado vemos talentos saídos da Operação Triunfo a desaparecer. Alguém sabe o que faz a Sofia (a mulatinha), vencedora da Operação Triunfo? E o que vai ser da Vânia - um portento de voz - ou do Ricardo? Daqui a um ano alguém se vai lembrar deles?
Aqui deixo u tema de uma banda que normalmente canta em inglês, mas que não deixa de ser música portuguesa. O tema é em português, e prova que se pode também cantar em português com muita qualidade:

Polícia Judiciária

on 06 fevereiro 2008

Desta vez foi o Director Nacional da PJ que decidiu falar.
Nada mais inoportuno.
Primeiro porque é mau numa altura como esta vir a terreiro levantar dúvidas tão sérias sobre a investigação, principalemte vindo do dirigente máximo da polícia que investiga o desaparecimento. Depois, porque coloca em causa a credibilidade da própria instituição que dirige, assim como do Ministério Público. E digo do Minsitério Público porque, ao contrário do que nos querem fazer crer, a Polícia Judiciária não tem autonomia nem dirige o Inquérito. A última palavra pertence sempre à autoridade judiciária. O Ministério Público delega competências na PJ mas dirige o inquérito, ou seja a PJ não não faz o que quer em termos de investigação.
Certamente não passa pela cabeça de ninguém que a diligência de constituição e interrogatório dos arguidos não teve o aval do Magistrado do Ministério Público a quem o inquérito se encontra distribuido. Não sabemos, mas provavelmente foi opróprio magistrado quem dirigiu as diligências. Se assim não foi, então o Sr. Director Nacional da PJ é o responsável máximo pelos erros que diz terem sido cometidos e deveriam haver consequências.
O Dr. Alípio Ribeiro como magistrado do Ministério Público de carreira e ex-Inspector do CSMP deveria ter tido mais cuidado e pensado antes de afirmar o que afirmou. Quis-se colocar em bicos de pés e desiquilibrou-se...
Por declarações menos graves, em defesa da polícia portuguesa em em certa medida da soberania nacional o Coordenador da PJ de Portimão foi afastado.
Quanto ao Ministro: mas alguém acreditava que ele fosse tomar alguma atitude?!

Carnaval

on 05 fevereiro 2008

Confesso que não grande apreciador desta época festiva. Muito menos da intoxicação de brasileirismos que temos que "gramar" cada ano que passa e que vão desvirtuando e engolindo as nossas verdadeiras tradições carnavalescas. Canso-me de ouvir os repetitivos medley's da cachaça, cachoeira, etc., o forró e o samba. Isto para não falar nos desfiles de corpos quase nus a tiritar de frio e a abanarem a "bunda" dizendo que estão a sambar. Tudo isto com a conivência e ampla cobertura da comunicação social. Enfim...
E o nosso verdadeiro Carnaval? Há inúmeras formas de expressão carnavalesca, verdadeiramente genuínas e de grande riqueza cultural.
A título de exemplo, informem-se sobre o Carnaval na Terceira - Açores: são mais de 50 grupos compostos por um número varíavel de pessoas (pode ir de 10 a 30 ou 40) onde cada um representa uma mini-peça de teatro, que percorrem quase todas as freguesias da Ilha entre Sábado e Terça-feira. Há grupos que representam a sua peça mais de 20 vezes para fartas plateias. São as chamadas danças de dia e de noite, também denominadas de espada e de pandeiro, respetivamente. Há também os bailinhos, uma outra forma de representação. Todas elas acompanhadas do elemento musical. Trata-se de tudo: temas cómicos, sátira social e política, actualidade, história, tradições, e tudo o mais que a imaginação permite. Ah, e os textos são todos em verso. São salas apinhadas de gente para ver esta manifestação de cultura popular, onde ficamos embasbacados com o talento, quer de quem escreve quer de quem representa. E tudo isto numa Ilha com cerca de 60 mil habitantes.
Se tiverem curiosidade consultem em: www.tvazores.com

Verdade ou mentira?

on 02 fevereiro 2008

E o que me dizem sobre as recentes polémicas, trazidas a lume pelo Público, relativamete à actividade política e privada do Sr. Sócrates?
O jornal diz sustentar as afirmações em documentos, do primeiro-ministro apenas ouvimos palavras. Será que os documentos existem mesmo e provam alguma coisa? A palavra do Sr. Sócrates já não tem o mesmo valor de outros tempos...
Ah, só mais uma dúvida: a conta de telefone já foi paga?
Mas como isto dá para todos, também Telmo Correia é "acusado" no Expresso, de uma situação menos clara relacionada com o Casino de Lisboa. O político garante categoricamente que a notícia é falsa, mas palavra de político vale o que vale...
Das duas uma: ou mentem os políticos, ou os jornais. Mas porque é que dois jornais nacionais de referência iriam publicar mentiras e conteúdos difamatórios?
Têm a palavra os visados...

Não aprenderam...

on 31 janeiro 2008

Resolvida a questão do aeroporto, começam (?) a surgir os probelmas e as situações menos claras com a linha ferroviária de alta velocidade, vulgo TGV.
Primeiro, a obra, no que diz respeito à ligação Lisboa-Porto, parece-me megalómana. Como é possível gastarem-se milhões de euros para reduzir o tempo de viagem em 20 ou 25 minutos. Terá sido esta uma decisão de um daqueles gestores que ganham balúrdios e que o sr. primeiro-ministro tanto reprova? Não há mais onde gastar o dinheiro? De repente, lembro-me de escolas, ambulâncias, a não tibutação nas SCUT's, a Segurança Social, as pensões, melhoramentos de instalações hospitalares, equipamentos, etc, etc, etc. E qual vai ser a relação custo/benefício? Será que os utilizadores da actual linha pendular estarão dispostos a pagar muito mais para verem o tempo reduzido em tão pouco? ou será isto uma forma de forçar as pessoas a viajar de avião ( e ajudar a viabilizar mais a TAP), pois acredito que as diferenças entre os bilhetes vão claramente pender para o transporte aéreo, que sendo mais caro (não muito) reduz a viagem para cerca de meia hora?!
Mas falando em polémica, soube-se esta semana de uma série de relatórios e contra relatórios, pareceres e contra-pareceres (alguns proferidos pelos mesmos) por parte da CCDR-C, quanto ao traçado do TGV entre Alcobaça e Pombal. E não é que de repente, todas as propostas passaram de negativas a... adivinhem.
Lá vai a CIP ter que fazer mais um estudo para o LNEC analisar...
Será que vai haver "jamais"(ler em francês p.f.)...

A "coragem" de um Ministro

on 27 janeiro 2008

Numa altura em que a contestação no sector da saúde é, quase, generalizada, desde médicos, enfermeiros, utentes, o Sr. Ministro da Saúde, despudoradamente teve a coragem de dizer às Cãmaras da SIC que temos um excelnete Serviço Nacional de Saúde. Dá a ideia que o homem goza com toda esta situação. Só pode. A política chegou a um ponto tão baixo, que as pessoas já se permitem a dizer tudo e mais alguma coisa, sem qualquer pejo.
Se o SNS é assim tão bom e eficaz, porque é que os membros do Gverno não recorrem a ele quando necesitam? vide o caso da perna partida do Sr. Primeiro Ministro. Mais, porque é ue não prescindem dos Serviços Sociais do Conselho de Ministros e aderem ao SNS? Afinal não foi este Governo que quis acabar com (alguns) subsistemas de protecção social?
O exemplo de como acreditam naquilo que dizem deveria começar neles próprios.

Triste Realidade

on 26 janeiro 2008



A princípio ainda pensei que era brincadeira...

O tema da semana - "A carroça à frente dos bois"

on 24 janeiro 2008

Para começar as postagens, elegi o tema quente da semana: O ENCERRAMENTO DAS URGÊNCIAS.
Começo então por dizer que a reforma do nosso sistema de saúde, e não apenas das urgências, era primordial, e continua a sê-lo, uma vez que ainda muito pouco foi feito.
Concordo que haviam muitos serviços de urgência que não ofereciam condições dignas e que o melhor seria o seu encerramento.
Concordo também que a relação o "bolo" orçamental para a saúde e a qualidade que esta oferece é bastante baixa. É preciso fazer um melhor aproveitamento dos recursos, para que não vejamos o nosso dinheiro desperdiçado, e é claro que a organização dos serviços iria levar ao encerramnento de alguns serviços de urgência, dotando os existentes de melhores condições técnicas, infraestruturais e com mais recursos humanos. Não podemos ter um serviço de urgência a cada 1 ou 2 quilómetros.
Até aqui concordo em tudo com o Governo.
Mas, acontece que, em Portugal, devido à falta de capacidade de resposta dos Centros de Saúde, a população vê nas urgências a UNICA forma de poder ser atendida por um médico.
É sub-humana a forma como as coisas funcionam nos Centros de Saúde. Desde logo pela enorme dificuldade em se marcar uma consulta. Às vezes é preciso esperar meses... Depois, às horas que é preciso ir para a porta dos Centros, para arranjar vez. Se imaginarmos uma localidade do interior de Portugal, às 4 ou 5 da manhã, certamente não será muito agradável...
Pois então o que poderia/deveria ter feito o Sr. Ministro? Antes de encerrar as urgências que já encerrou, deveria ter providenciado para que as pessoas tivessem alternativas viáveis e credíveis para, em caso de necessidade, terem o acesso à saúde assegurado. Primeiro, colocar os Centros de Saúde a funcionar condignamente, retirando desde logo uma quantidade considerável de pessoas das urgências hospitalares e depois dotar os locais mais distantes de ambulâncias e pessoal especializado, durante 24 horas por dia, para que em caso de necessidade o seu transporte fosse rápido e eficaz, e, sendo necessário dar logo ali cuidados primários. A carroça foi colocada à frente dos bois.
Pena é que se esteja a usar a morte da criança em Anadia para o combate político, quer por parte do Governo, que por parte da oposição. Ao menos lembrem-se da família que sempre que vê na tv falar-se do assunto, agudiza o sofrimento...