Não aprenderam...

on 31 janeiro 2008

Resolvida a questão do aeroporto, começam (?) a surgir os probelmas e as situações menos claras com a linha ferroviária de alta velocidade, vulgo TGV.
Primeiro, a obra, no que diz respeito à ligação Lisboa-Porto, parece-me megalómana. Como é possível gastarem-se milhões de euros para reduzir o tempo de viagem em 20 ou 25 minutos. Terá sido esta uma decisão de um daqueles gestores que ganham balúrdios e que o sr. primeiro-ministro tanto reprova? Não há mais onde gastar o dinheiro? De repente, lembro-me de escolas, ambulâncias, a não tibutação nas SCUT's, a Segurança Social, as pensões, melhoramentos de instalações hospitalares, equipamentos, etc, etc, etc. E qual vai ser a relação custo/benefício? Será que os utilizadores da actual linha pendular estarão dispostos a pagar muito mais para verem o tempo reduzido em tão pouco? ou será isto uma forma de forçar as pessoas a viajar de avião ( e ajudar a viabilizar mais a TAP), pois acredito que as diferenças entre os bilhetes vão claramente pender para o transporte aéreo, que sendo mais caro (não muito) reduz a viagem para cerca de meia hora?!
Mas falando em polémica, soube-se esta semana de uma série de relatórios e contra relatórios, pareceres e contra-pareceres (alguns proferidos pelos mesmos) por parte da CCDR-C, quanto ao traçado do TGV entre Alcobaça e Pombal. E não é que de repente, todas as propostas passaram de negativas a... adivinhem.
Lá vai a CIP ter que fazer mais um estudo para o LNEC analisar...
Será que vai haver "jamais"(ler em francês p.f.)...

A "coragem" de um Ministro

on 27 janeiro 2008

Numa altura em que a contestação no sector da saúde é, quase, generalizada, desde médicos, enfermeiros, utentes, o Sr. Ministro da Saúde, despudoradamente teve a coragem de dizer às Cãmaras da SIC que temos um excelnete Serviço Nacional de Saúde. Dá a ideia que o homem goza com toda esta situação. Só pode. A política chegou a um ponto tão baixo, que as pessoas já se permitem a dizer tudo e mais alguma coisa, sem qualquer pejo.
Se o SNS é assim tão bom e eficaz, porque é que os membros do Gverno não recorrem a ele quando necesitam? vide o caso da perna partida do Sr. Primeiro Ministro. Mais, porque é ue não prescindem dos Serviços Sociais do Conselho de Ministros e aderem ao SNS? Afinal não foi este Governo que quis acabar com (alguns) subsistemas de protecção social?
O exemplo de como acreditam naquilo que dizem deveria começar neles próprios.

Triste Realidade

on 26 janeiro 2008



A princípio ainda pensei que era brincadeira...

O tema da semana - "A carroça à frente dos bois"

on 24 janeiro 2008

Para começar as postagens, elegi o tema quente da semana: O ENCERRAMENTO DAS URGÊNCIAS.
Começo então por dizer que a reforma do nosso sistema de saúde, e não apenas das urgências, era primordial, e continua a sê-lo, uma vez que ainda muito pouco foi feito.
Concordo que haviam muitos serviços de urgência que não ofereciam condições dignas e que o melhor seria o seu encerramento.
Concordo também que a relação o "bolo" orçamental para a saúde e a qualidade que esta oferece é bastante baixa. É preciso fazer um melhor aproveitamento dos recursos, para que não vejamos o nosso dinheiro desperdiçado, e é claro que a organização dos serviços iria levar ao encerramnento de alguns serviços de urgência, dotando os existentes de melhores condições técnicas, infraestruturais e com mais recursos humanos. Não podemos ter um serviço de urgência a cada 1 ou 2 quilómetros.
Até aqui concordo em tudo com o Governo.
Mas, acontece que, em Portugal, devido à falta de capacidade de resposta dos Centros de Saúde, a população vê nas urgências a UNICA forma de poder ser atendida por um médico.
É sub-humana a forma como as coisas funcionam nos Centros de Saúde. Desde logo pela enorme dificuldade em se marcar uma consulta. Às vezes é preciso esperar meses... Depois, às horas que é preciso ir para a porta dos Centros, para arranjar vez. Se imaginarmos uma localidade do interior de Portugal, às 4 ou 5 da manhã, certamente não será muito agradável...
Pois então o que poderia/deveria ter feito o Sr. Ministro? Antes de encerrar as urgências que já encerrou, deveria ter providenciado para que as pessoas tivessem alternativas viáveis e credíveis para, em caso de necessidade, terem o acesso à saúde assegurado. Primeiro, colocar os Centros de Saúde a funcionar condignamente, retirando desde logo uma quantidade considerável de pessoas das urgências hospitalares e depois dotar os locais mais distantes de ambulâncias e pessoal especializado, durante 24 horas por dia, para que em caso de necessidade o seu transporte fosse rápido e eficaz, e, sendo necessário dar logo ali cuidados primários. A carroça foi colocada à frente dos bois.
Pena é que se esteja a usar a morte da criança em Anadia para o combate político, quer por parte do Governo, que por parte da oposição. Ao menos lembrem-se da família que sempre que vê na tv falar-se do assunto, agudiza o sofrimento...