Polícia Judiciária

on 06 fevereiro 2008

Desta vez foi o Director Nacional da PJ que decidiu falar.
Nada mais inoportuno.
Primeiro porque é mau numa altura como esta vir a terreiro levantar dúvidas tão sérias sobre a investigação, principalemte vindo do dirigente máximo da polícia que investiga o desaparecimento. Depois, porque coloca em causa a credibilidade da própria instituição que dirige, assim como do Ministério Público. E digo do Minsitério Público porque, ao contrário do que nos querem fazer crer, a Polícia Judiciária não tem autonomia nem dirige o Inquérito. A última palavra pertence sempre à autoridade judiciária. O Ministério Público delega competências na PJ mas dirige o inquérito, ou seja a PJ não não faz o que quer em termos de investigação.
Certamente não passa pela cabeça de ninguém que a diligência de constituição e interrogatório dos arguidos não teve o aval do Magistrado do Ministério Público a quem o inquérito se encontra distribuido. Não sabemos, mas provavelmente foi opróprio magistrado quem dirigiu as diligências. Se assim não foi, então o Sr. Director Nacional da PJ é o responsável máximo pelos erros que diz terem sido cometidos e deveriam haver consequências.
O Dr. Alípio Ribeiro como magistrado do Ministério Público de carreira e ex-Inspector do CSMP deveria ter tido mais cuidado e pensado antes de afirmar o que afirmou. Quis-se colocar em bicos de pés e desiquilibrou-se...
Por declarações menos graves, em defesa da polícia portuguesa em em certa medida da soberania nacional o Coordenador da PJ de Portimão foi afastado.
Quanto ao Ministro: mas alguém acreditava que ele fosse tomar alguma atitude?!

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